Greve
CTCP rechaça proposta do Sindicato dos Rodoviários
Trabalhadores manifestaram possibilidade de voltar a operar caso o aumento na tarifa do transporte coletivo fosse suspensa durante as negociações
Gabriel Huth -
Atualizada às 18h31min para acréscimo de informações
O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Pelotas (STTRP) apresentaram uma nova proposta para a Prefeitura na tarde deste sábado: caso o aumento tarifário de R$ 0,35, em vigor desde 11 de novembro, seja revogado durante as negociações, 100% dos ônibus voltam a operar na cidade. A categoria paralisou atividades, sem previsão de retorno, na sexta-feira (21). Um próximo encontro para negociação deve ocorrer entre segunda-feira (24) e quarta-feira (26).
Em contato com o Diário Popular, o secretário-executivo do Consórcio do Transporte Coletivo de Pelotas (CTCP) rechaçou a possibilidade, alegando que o aumento é referente ao contrato de concessão entre o município e o órgão, tendo este de ser cumprido. "A negociação salarial é feita entre os sindicatos dos empresários e dos trabalhadores", explica.
Também à reportagem, o secretário de Transporte e Trânsito de Pelotas, Flávio Al-Alam, também excluiu a hipótese. "Existe um contrato. Foi cumprido e o valor indicado é do índice do INPC em sua variação anual. O aumento real sobre este índice deve ser arcado pelas empresas e não pela população.", argumentou, frisando que ceder à proposta dos rodoviários poderia reforçar a ideia de que o reajuste da passagem é feito em cima da negociação salarial. "Isso acabou. Desde que foi feita a licitação, existe a regra clara e contratual", finalizou.
Impasse
A greve foi deflagrada em reunião ocorrida na noite da quinta-feira (20), ao ser apresentada reivindicação pelo dobro do reajuste estipulado no mês passado. O Consórcio do Transporte Coletivo de Pelotas (CTCP) concedeu aos trabalhadores 4% de aumento, cobrindo a inflação do ano. O pedido dos funcionários é de outros 4%, para que haja ganho real. Há também o pedido pela criação de um plano de saúde para a categoria.
A negociação virou impasse no mês passado, quando a tarifa do ônibus passou de R$ 3,35 para R$ 3,70 em Pelotas. De acordo com os trabalhadores, os empresários não repassaram um valor justo tendo em vista o reajuste profundo na passagem. Por outro lado, o consórcio argumenta que o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas (STTRP) não compareceu à reuniões importantes, como na última quarta-feira, promovida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
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